Como o Facebook quer usar dados de usuários para ações humanitárias Empresa fatura bilhões com anúncios dirigidos com base em dados pessoais. Agora, quer usar as informações para ajudar entidades a planejar a atuação em desastres FOTO: REPRODUÇÃO REPRESENTAÇÃO DO FACEBOOK DE USUÁRIOS REPORTANDO ESTAREM A SALVO APÓS ENCHENTES NO PERU Os comentários, curtidas, conexões de amizades, localização geográfica e pesquisas realizadas no Facebook permitem à companhia de Mark Zuckerberg coletar uma grande quantidade de dados que usa como base para direcionar anúncios publicitários aos seus quase dois bilhões de usuários. Com os dados detalhados que coleta, a empresa é capaz, por exemplo, de ajudar a marca de cerveja Budweiser a implementar uma campanha de marketing em que americanos que faziam 22 anos ganhavam uma lata de cerveja. Anúncios são a principal fonte de receita da empresa, que faturou cerca de US$ 8 bilhões no primeiro quadrimestre de 2017. No início de junho de 2017, a companhia anunciou que usará essas informações pessoais para uma outra finalidade: alimentar mapas que ajudarão organizações humanitárias a saber onde as pessoas afetadas por crises como enchentes, terremotos e incêndios estão e para onde elas se tendem a se deslocar. “Conforme mais pessoas se conectam e compartilham no Facebook, nossos dados são capazes de fornecer insights quase em tempo real”, afirmou a empresa em uma nota oficial. Além de potencialmente ajudar as vítimas de desastres, a iniciativa apresenta, do ponto de vista das relações públicas, um viés positivo para a coleta e uso de dados pessoais dos usuários. O Facebook está trabalhando com três instituições: Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) e Programa Alimentar Mundial, também das Nações Unidas. Em entrevista ao site de notícias Voice of America News, financiado pelo governo americano, o estrategista de dados da Unicef, Toby Wicks, afirmou que a parceria está em estágios iniciais. Para montar os mapas, a empresa usará dados agregados e “desidentificados”, ou seja, sem a identificação dos usuários. Também em entrevista ao Voice of America News, Dale Kunce, líder global de análise informação de tecnologia da informação da Cruz Vermelha dos Estados Unidos, exemplificou por que é importante obter dados sobre onde as pessoas estão e para onde se deslocam em uma situação de desastre. “Nós podemos saber onde uma casa está, mas não onde as pessoas estão. Nossa primeira reação pode ser de ir onde a devastação ocorreu, mas pode ser que a maior parte das pessoas esteja a 10 milhas de distância, com suas famílias”, afirmou. O Facebook afirma que os mapas não podem servir como único parâmetro de instituições de ajuda humanitária. Mesmo correspondendo a 25% da população global, o público do site “representa uma população específica”, afirma a empresa. Três tipos de mapas serão disponibilizados: Tipos de mapa DENSIDADE POPULACIONAL Mostram onde as pessoas estão antes, durante e após uma crise. Eles usam como base dados de geolocalização do aplicativo do Facebook, e servem para antecipar os locais que precisarão de recursos. As informações são comparadas com registros das últimas três semanas, o que contribui para identificar variações que podem ser decorrentes de um desastre MOVIMENTO Mostram a quantidade de pessoas se movimentando entre uma subdivisão quadriculada do mapa e outra em um intervalo de horas. Os dados também são cruzados com informações coletadas nas três semanas anteriores, o que, segundo o Facebook, ‘ajuda a distinguir movimentos relacionados a desastres dos padrões de migração normais’. ‘SAFETY CHECK’ O botão ‘safety check’ foi criado em 2014. Ele aparece para pessoas selecionadas pelo Facebook por estarem em áreas afetadas por desastres, e serve para que informem à sua rede de contatos que estão salvo. Esses usuários podem convidar outras pessoas possivelmente afetadas a usar o mesmo botão. Um mapa com esses dados mostra as áreas em que as pessoas estão indicando que estão bem MAIS RECENTES EXPRESSO Quais as acusações do pedido de impeachment de Gilmar Mendes Bruno Lupion EXPRESSO Por que o Japão tem as menores taxas de obesidade do mundo José Orenstein ACADÊMICO Qual o processo político por trás da construção de prédios em São Paulo Telma Hoyler EXPRESSO Como o Facebook quer usar dados de usuários para ações humanitárias André Cabette Fábio EXPRESSO Como a cólera abate o país que passa pela pior crise humanitária do mundo Rafael Iandoli GRÁFICOS GRÁFICO O que resta da mata atlântica no Brasil Rodolfo Almeida GRÁFICO Os mapas das linhas de metrô do Brasil comparados com a realidade Rodolfo Almeida EM ALTA ENTREVISTA Por que direitos humanos são vistos como ‘de esquerda’, segundo este especialista João Paulo Charleaux GRÁFICO Os mapas das linhas de metrô do Brasil comparados com a realidade Rodolfo Almeida EXPRESSO O que é sharenting. 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ROQUE LANE